MEILLEURE AMIE.



é primavera, por vezes chove, mas hoje esteve sol, deparo-me agora com a noite, que me trás o brilho límpido. percorre um vento suave que penetra a minha pele fria, limito-me a fechar a janela, porque a noite cada vez escurece mais, mas ainda há luz, há uma pequena fonte em frente aonde estou. ela está fraca, ela vai piscando, mas às vezes falha, não me apetece ver o que se passa lá fora, ouvir o uivar dos cães já me basta, coitadinhos, estão desesperados da solidão perpétua, no escuro, no frio, sozinhos, esfomeados, de coração partido. um silêncio estranho invadiu-me o quarto, já nem sei se consigo ouvir a minha própria respiração, espera ... não sinto o meu coração. perdeu-se no meio de tantos órgãos, a minha mão não o sente. pus a mão esquerda o pulso da mão direito, contei os pulsares, um ... não, zero! eu não sinto a minha pulsação. mas também não me preocupo em saber o que se passa, quero pôr isso de lado. estou irritada, os cães começaram a uivar novamente, invadiram o silêncio que me estava a sugar a alma. neste momento, olhei rapidamente para o espelho, onde um vulto incomum passou, mas nem me quero limitar a fechar os olhos. os meus cabelos estão molhados, encaracolados e compridos. a minha pele morena ficou pálida, os meus olhos de castanhos passaram a esverdeados, carreguei a sobrancelha esquerda, ao ver que eles brilhavam, e tenho uma vontade enorme de chorar. bem, isso não me preocupa. espera, ouço alguém a chamar por mim ... não, é apenas a minha cabeça a queixar-se de tanta pressão, mas também não a quero descansar. os minutos passam a correr, e eu nem dou por eles, o que se passa comigo ? sinto-me diferente. estou isolada, sinto-me estranha. neste momento o homem do meu quadro segue-me com os seus olhos esburratados. acabei de dar-me um estalo, o que estou para aqui a dizer ? mas olha ? isto não é mito.
tenho vontade de escrever, engoli um pouco de saliva, mas nem abri a boca. ainda tenho o gosto do chocolate nestlé a vaguear-me na língua. sinto os meus lábios secos, mas também não me apetece molhá-los. hoje, a lua adoeceu, e por isso não subiu ao céu. óh, começou a chuviscar e está frio. sim, eu fui lá fora descalça, senti um arrepio diferente, senti uma alma do meu lado. és tu, inês ? que mesmo não estando comigo em corpo, estás em espírito ? se és tu, ouve-me "EU SEM TI NÃO SEI VIVER, EU SEM TI SINTO COISAS ESQUISITAS, CONSIGO INTERPRETAR O QUE ME RODEIA, MAS NÃO CONSIGO ESTAR EM MIM. SE ESTOU ASSIM É POR TUA CAUSA, PORQUE ME FAZES FALTA E PORQUE EU TE AMO ..." inês ? és mesmo tu ? já não aguento muitos mais tempo, mas ... senti o meu coração a pulsar, consegui sorrir, consigo mexer-me. afinal sempre és tu inês, que me dás o poder divino de cair em mim. inês ? onde estás tu ? vem para o pé de mim, vem fazer-me feliz. inês ? por último só quero dizer que te amo, e que estarás guardada sempre no meu coração, quer faça frio ou calor. inês ? és a minha metade, a minha meilleure amie. inês ? inês ... fica comigo, DE VEZ !

MEILLEURE AMIE. ♥
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it's me.

A minha foto
simpática, agressiva, chantagista, teimosa, directa, gulosa, poeta, filósofa, ditadora, defensora, preguiçosa, tímida, sincera, séria, vingativa, expressiva, provocadora, criativa, sociável, esquisita, previsível, conselheira, sorridente, lutadora, calculista, misteriosa, modéstia, oportuna, fiel, higiéne, desportiva, boa ouvinte, muitas vezes brincalhona, bem acente na terra, olhos de ver para a realidade, muito reservada, a última palavra é sempre minha, os meus pais dizem que tenho personalidade forte ! ;irrita-me mesmo, quando as meninas dizem que são gordas, e nem cinquenta quilos pesam, quando me respondem torto, e eu tenho de responder pior & quando as pessoas são chatas e eu tenho de fazer-me de irritante, o que fica mal, mas acaba por chamar à atenção. nunca fui sensível do tipo « ai, não me toques » -.- ;os melhores amigos de toda a vida são o papel & a caneta e para mim não há melhor coisa que música, escrita & fotografia. ;cada um é único, & único permanecerá. ACIMA DO TUDO E DO NADA ? sou bastante independente, tanto comigo, como com a minha vida.